Com certeza você já deve ter ouvido falar do Open Banking, modelo de sistema bancário aberto que está sendo implementado no Brasil. Todo o processo é feito pelo Banco Central, que recentemente iniciou a segunda fase da operação.
Agora pessoas físicas e jurídicas terão a opção de fornecer seus dados financeiros para outras instituições, o que vai permitir a elas receber ofertas de crédito, taxas, investimentos e etc. de outros bancos além dos seus, tendo acesso a opções cada vez melhores.
E o melhor: as empresas também vão poder entrar nesse modelo. Você sabe o que isso significa? Se não, continue a ler o texto que a gente explica como você vai poder aproveitar essa oportunidade.
Modelo para empresas
O que deve acontecer nesta segunda fase é que as pessoas jurídicas também poderão compartilhar os dados, seguindo o mesmo princípio do compartilhamento para pessoas físicas.
Sendo assim, a sua empresa poderá partilhar informações financeiras das contas, cartões e operações de crédito. Mas não se preocupe, pois o consentimento para o caso de pessoas jurídicas respeita os mesmos poderes dos procuradores e/ou responsáveis que operam normalmente estas contas.
E isso irá beneficiar o meu negócio? A resposta é sim! O empresário que aderir ao Open Banking terá uma série de vantagens, como melhor análise de crédito e mais controle de quais informações cada instituição sabe a seu respeito.
Sua empresa poderá aderir a esse modelo a partir do calendário definido pelo Banco Central. As datas começaram no dia 13 do mês passado e vão até 24 de outubro. No momento, podem ser compartilhados dados cadastrais e informações de transações de contas de depósito à vista, de poupança, de pagamento pré-pagos, de cartão de crédito e de operações de crédito.
Vantagens para bancos e fintechs
Considerado por muitos especialistas um habilitador de novos negócios no ecossistema financeiro, o Open Banking chega com boas vantagens também para os bancos e as fintechs.
Nós acreditamos que esse modelo irá permitir que as fintechs criem novas ferramentas e aplicações, que irão facilitar muito o dia-a-dia dos seus clientes com custos menores. Se você é uma fintech, pense nos benefícios!
Além disso, esse acesso facilitado por parte das instituições financeiras sobre as tarifas e custos praticados é vantajoso também. Isso porque os bancos vão ter mais noção dos preços praticados pela concorrência e irão investir em condições melhores para os clientes.
Com fluxo maior de dados compartilhados e armazenados entre bancos e fintechs, nós também ficaremos aptos a oferecer plataformas tecnológicas adequadas ao cenário, com fortes componentes de integração e tratamento de grandes volumes de informação.
Mas e a Lei Geral de Proteção de Dados?
Não precisa se preocupar, pois o Open Banking não será barrado pela LGPD. O modelo parte do pressuposto de que o cliente (pessoa física ou jurídica) é o dono dos seus dados e por isso tem o direito de compartilhá-los.
Dessa maneira, entendemos que o cliente pode solicitar o compartilhamento de dados, sendo que essas informações devem ser usadas para finalidades específicas, de forma previamente acordada e consentida por todas as partes.
Por isso, entenda, o Open Banking se trata da padronização do compartilhamento de dados com consentimento, e não sobre a exploração ou venda dessas informações, o que é condenado pela Lei Geral de Proteção de Dados.
Além disso, o Open Banking abrange o compartilhamento de dados de clientes pessoas físicas e jurídicas, ao passo em que o LGPD disciplina tão-somente o tratamento de dados de pessoas físicas.
Nós da Seven já temos mais de 15 anos de experiência e queremos compartilhar com vocês nossas dicas sobre o mercado financeiro. Quer saber mais sobre isso? Entre em contato com a gente e continue acompanhando o nosso blog, em breve voltaremos com mais conteúdos. Até a próxima!