O cenário da digitalização financeira no Brasil e no mundo impõe a necessidade de sempre se buscar soluções adequadas para a jornada dos clientes, em especial fintechs B2B, as quais exigem uma maior complexidade nas plataformas de serviços financeiros.
A Latitud, plataforma de apoio ao empreendedorismo e startups na América Latina, recentemente lançou um estudo sobre as principais tendências para fintechs B2B, intitulado “Latin America: Future of B2B Fintech”. Esse relatório apontou um conjunto de tendências globais que estão se fazendo presentes na América Latina, para fintechs B2B, dividido em cinco áreas:
- Pagamentos (processamento de pagamentos e soluções de pagamento B2B);
- Empréstimos (financiamento baseado em receita e B2B ‘buy now, pay later’);
- Open Banking (infraestrutura e software bancário baseado em APIs);
- Ferramentas de software para PMEs (softwares de gestão, contabilidade, despesas e compras);
- Payroll e benefícios (adiantamento de salários e programas de recompensas para funcionários).
Esse estudo faz parte de um report maior produzido pela Latitud sobre sete indústrias diferentes, o The LatAm Tech Report. O objetivo do relatório é mapear as principais tendências e oportunidades em diferentes setores da economia e consequentemente vislumbrar caminhos mais promissores para startups em busca de destaque na América Latina.
Confira nesse artigo quais as características e contextos das principais tendências apontadas no estudo para fintechs B2B na América Latina:
Pagamentos e Empréstimos
- Revenue-based financing
De acordo com o estudo, o financiamento baseado em receita (Revenue-based financing) é uma das maiores tendências para fintechs B2B na América Latina nos próximos anos. Esse financiamento sem diluição é projetado para fornecer liquidez para capital de giro, marketing e outras despesas gerais que não exigem um grande volume de caixa inicial.
Com uma taxa de crescimento anual de 61,8%, o mercado global de financiamento baseado em receita valia US$ 901 milhões em 2019 e deve chegar a US$ 42 bilhões até 2027. Fintechs nesse segmento captaram US$ 2 bilhões somente em 2021, de acordo com dados do Dealroom, citados pela Latitud.
- BNPL – buy now, pay later
Além disso, o “buy now, pay later” (BNPL), com foco no B2B, é mais uma grande tendência na América Latina, já que se trata de um mercado ainda relativamente inexplorado. Um dos fatores que pode ajudar a impulsionar esse tipo de solução é o crescimento expressivo do e-commerce na região.
“Com o aumento das transações de comércio eletrônico B2B, devemos esperar que as soluções BNPL neste segmento cresçam”, diz o estudo.
Ferramentas de software para PMEs
“As PMEs em geral, mas especialmente na América Latina, sofrem com uma enorme lacuna de financiamento de cerca de US$ 1,2 trilhão”, afirma a análise.
Segundo o estudo, as PMEs continuarão no radar das fintechs, dado o baixo acesso a serviços financeiros, especialmente crédito, por parte desse perfil de empresas. As oportunidades incluem cartões corporativos, soluções de gerenciamento de despesas, softwares de gestão e FP&A.
Com a economia em processo de digitalização e os altos índices de acesso a smartphones e à internet, além da enorme lacuna no financiamento a pequenas e médias empresas (PMEs), forma-se uma combinação favorável para a expansão das fintechs B2B na América Latina nos próximos anos.
Trata-se de um mercado enorme, em expansão e por vezes, ignorado pelos grandes bancos de varejo no país. Por isso será cada vez mais comum ver fintechs fornecendo esses serviços e softwares para PMEs na América Latina.
Open Banking e Embedded finance
- Open Banking
O Open Banking abre oportunidade para fintechs com soluções e softwares bancários baseados em APIs. “O Open Banking valia US$ 7,2 bilhões em 2018 e deve chegar a US$ 43 trilhões até 2026, com um CAGR de 24,4%”, diz o estudo.
Fintechs de infraestrutura estão começando a se tornar uma tendência real globalmente, especialmente na América Latina. Na prática, esse tipo de solução tem permitido o avanço de novas empresas, que não atuavam no setor financeiro, adentrarem nesse ramo, aumentando a competição.
Esse movimento tende a se acentuar com a implementação do Open Banking em outros países da região, incluindo o Brasil, onde o escopo é ainda maior com o Open Finance.
O mercado de banking as a service (BaaS) gerou US$ 2,41 bilhões em 2020 e deve atingir US$ 11,34 bilhões até 2030, com uma taxa de crescimento anual (CAGR) de 17,1% entre 2021 e 2030. Além disso, uma pesquisa da EY mostrou que 68% dos consumidores estão dispostos a considerar produtos e serviços financeiros oferecidos por empresas não financeiras.
- Embedded finance
Além disso, segundo a análise, um movimento que deve continuar crescendo é o chamado Embedded finance, serviços financeiros embutidos que vem ganhando força mundo afora, inclusive no Brasil.
Na prática, empresas não financeiras estão apostando cada vez mais na oferta de soluções de pagamentos, empréstimos e processamento aos seus clientes. Com esse avanço o capital de risco passou a se interessar por fintechs B2B.
Dos US$ 12,9 bilhões captados por startups de serviços financeiros na América em 2021, as fintechs B2B responderam por US$ 5,7 bilhões, ou 44% do total.
Benefícios
Ter consumidores com novos hábitos digitais significa que as empresas precisam se adaptar para manter e ampliar sua participação no mercado.
Para essa adaptação, as Fintechs B2B podem atuar como facilitadoras de serviços e pagamentos entre empresas, levando em consideração o mercado de comércio eletrônico em expansão.
Além de oferecer também softwares de gerenciamento de despesas, contabilidade e compras, especialmente para PMEs sem banco, bem como oferecendo infraestrutura e software baseado em API, aproveitando o Open Banking e tendo atenção especial à tendência de finanças incorporadas.
Por fim, benefícios como adiantamento de salários e programas de recompensas para colaboradores da empresa também são serviços que podem ser oferecidos por fintechs B2B.
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Diante desse cenário de fintechização, com a ajuda das mais recentes tecnologias, as empresas de diversos segmentos agora possuem oportunidades de oferecer serviços financeiros, incluindo serviços especializados em empresas B2B.
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